protesto

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gritar é sempre o jeito mais fácil para ser ouvido
fácil nem sempre é melhor
mas as mudanças nem sempre começam com o que é melhor

são jovens que transformaram as ruas em arquibancadas

não para torcer para o brasil
mas para criticá-lo

e o brasil criticado não era a seleção.
 esse brasil é dos transportes públicos, dos gastos públicos, e seus impublicáveis valores.

a turma dos 20 centavos grita contra o grupo dos 7 bilhões nos estádios.

o que dá pra fazer com 2,95 no rio… ou 3,20 em são paulo?
o que dá pra fazer com os 7 bilhões que reformaram os estádios?

a polícia, que é povo também, acata ordens. ordens parecidas com às de tempos ditatoriais
disso, pouco mudou. a herança ainda é pesada

há mãos que estrangulam o trato, que partilham o mesmo aperto financeiro ou político
mãos também servem para abraçar a paz, para alcançar os pés, tocar o céu e beijar o mar do futebol

algumas respostas são fantasias de uma grande festa sem convidados, gente sem teto para que houvesse teto no palco da bola
não se conhecem respostas, nem modos, ou tempos adequados
para uma despedida, ou para sonhar, reprimir, protestar, sorrir, fugir ou viver

mas há tempo para aprender tudo isso

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******((esse texto foi editado e foi ao ar no sportscenter – 16/06/13 – e no pontapé inicial da espn-brasil no dia seguinte pela manhã. não posso reproduzir o vídeo, nem dar um link para ele aqui por questões de direitos de imagem de quem comprou a copa das confederações – há imagens no vídeo que pertencem a competição
outra coisa: reutilizei versos meus e os modifiquei para este texto de hoje))

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