advérbio

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Advérbio é um poema. Ele usa de advérbios, claro, para construir o discurso, no caso, de um poema de amor. Você gostaria de dar uma aula ou ter uma aula de português com esse poema? Pode usar. Mas dê os créditos, por favor. Além disso, advérbio não é a única coisa que tem neste meu poema. Há figuras de linguagem com as quais você pode trabalhar em aula, há palavras substantivadas. E você ainda pode relembrar o poema de Vinicius de Moraes (que me inspirou, claro, a fazer este “advérbio”), Poética. Adoro o verso dele que diz”meu tempo é quando“. Enfim, leiam o meu “advérbio”, usem. Espero que gostem. Ah, leiam em voz alta. Tem gostosas aliterações boas de ouvir. Agora chega de enrolação e vamos ler o poema abaixo… (não deixe de ver informações sobre a pintura que ilustra meu poema, além da história da artista que a criou)

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"Retrato da filha da artista, Julie Manet", é uma obra de Berthe Morisot (1841-95), mãe de Julie. A artista se casou com o irmão de Edouard Manet, Eugene. E ela pintou uma garotinha lendo um livro. Perfeito, feminismo na veia em pleno século XIX.
Advérbio: o que o meu poema tem a ver com esse quadro? Ora, é uma garotinha lendo um livro! Além disso, sempre que tenho oportunidade falo de equidade e feminismo. E em pleno século XIX, pode parecer banal mostrar uma garota lendo, mas não, o contexto dá outra mensagem. Esse quadro, “Retrato da filha da artista, Julie Manet” (1886), é uma obra da impressionista Berthe Morisot (1841-95), mãe de Julie. O sobrenome da filha é Manet porque Berthe se casou com o irmão do famoso pintor Edouard Manet (Eugène). Uma mulher pintando uma garota lendo não é gratuito e serve para reforçar uma imagem de que mulheres podiam e deviam estudar, desde cedo. Por isso ela pintou uma garotinha (a filha dela) lendo um livro (fez isso outras vezes). Puxa, então, perfeito, feminismo na veia! A arte precisa de diversidade, o que, assim, pressupõe liberdade. Outra coisa: usei também esse quadro porque queria uma criança estudando ou lendo poesia. Fora isso, ou além disso, o poema Advérbio é sobre amor, nada a ver com a pintura. Mas eu não preciso seguir padrões, mesmo que sejam meus. Boa leitura do meu poema!
depois do olhar,
o transe.
súbito suspiro insone.
a descrença:
dúvida e desejo desperdiçados
depois do sol,
depois do início
depois é quando posso,
o quanto faço de nós,
depois de tudo, repousa em meu peito, o teu braço…
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Eu creio que jamais tenha havido um homem que tratasse uma mulher de igual pra igual, e isso é tudo o que eu teria pedido, pois eu sei que o valho.” (Berthe Morisot)

Berthe Morisot produziu cerca de 800 pinturas. Apesar de ter sido uma artista de trabalho admirável, o machismo da época inscreveu em seu atestado de óbito: “sem ocupação” e, ainda, em seu jazigo, teve a inscrição “Berthe Morisot viúva de Eugène Manet”. Nunca deixou de pintar, ao contrário de sua irmã, também talentosa, Edma, que abandonou a pintura depois que se casou em 1869. Enfim, naquela sociedade dominada pelo sexo masculino, era muito difícil para as mulheres acharem um equilíbrio entre a vontade de aprender, a segurança em si próprias como artistas e a manutenção do matrimônio.  (retirado do site arte e artistas)

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