Voz de Malala: educação transformadora

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Voz de Malala: educação transformadora tem uma explicação: porque ela é um exemplo da luta por liberdade. Não é só a história de uma menina, como a própria Malala costuma dizer (a imagem é de um mural feito por Kobra, em São Paulo, com várias personalidades ligadas à paz, entre elas, Malala). É a história de quem pede espaço para sua voz e de todas as meninas, (conheça o projeto Por ser menina – Brasil) mulheres e idosas que são obrigadas a ouvir o que devem ou não devem fazer. É a história das mulheres, crianças ou adultas, que só querem aprender, crescer e viver. Malala é sinônimo de liberdade e de paixão pela educação transformadora. O motivo é simples: você não daria um Nobel da Paz para alguém que levou uma bala no cérebro aos 14 anos somente porque queria que ela e todas as meninas estudassem em seu país?  E há quem zombe do significado de ativismo…

educação transformadora age, não reclama

Voz de Malala: educação transformadora é um texto mutante, que foi sendo reescrito ao longo dos anos. O resultado final está aí abaixo. Ou já começou na própria legenda da foto acima. E este é o motivo do texto:

 

Quando você pensa em educação transformadora não pode desprezar uma voz só porque ela não corresponde a uma visão – preconceituosa – sua. Pense bem antes de desprezar Greta Thunberg. A luta dela é pela preservação do meio ambiente. Por isso, também, concorreu ao Nobel da Paz. Enquanto isso, pelo que estamos lutando? Para ver quem tem razão sobre cloroquina? Pra ter razão sobre qualquer outro assunto polarizado? Quantas vidas você salvou hoje? Ou quantas pessoas você xingou hoje? E mais: quanta gente que salva vidas você agrediu hoje? Conheça um pouco da vida de Malala antes de reclamar de ativistas ou de adolescentes que apenas querem um mundo melhor.

 

(Esse texto foi adaptado e atualizado de uma reportagem escrita por mim para a Megatv em outubro de 2012)
Em 2012: A jovem Malala Yousafzai não está mais em estado grave num hospital em Peshawar, no Paquistão. Ela está na Inglaterra. Os médicos retiraram uma bala que estava alojada em seu ombro. Uma outra bala já havia sido retirada de sua cabeça.
O assunto está nas ruas de Cabul. E também nas manchetes dos jornais.
 
É a história de Malala Yousafzai . Ela nasceu em 1997 e se tornou conhecida em 2009. Aos 11 anos deu uma entrevista para a tevê local. Falava da repressão no seu país. Por isso, virou correspondente anônima da BBC. Usava o pseudônimo Gul Makai (vejam o filme de mesmo nome). Como correspondente, Malala mantinha o blog “diário de uma estudante paquistanesa”. A repercussão mundial foi enorme. Ela percebeu a força de escrever e passou a fazer discursos públicos também. Os depoimentos do blog ainda podem ser lidos em inglês, no site da bbc.
Na época, Malala comentava os impactos das medidas do talibã (não vou escrever talibã com letra maiúscula) na comunidade. O grupo terrorista havia fechado mais de 150 escolas para meninas e tinha explodido outras cinco na região do vale de Swat.

A quem pertence uma escola?

A voz de Malala para uma educação transformadora estava só no começo. O clima era tenso e havia a ameaça constante de que as escolas de meninas pudessem ser alvo de ataques do talibã. Enquanto isso, Malala escrevia que muitas de suas colegas tinham se mudado para cidades maiores, como Lahore, Peshawar e Rawalpindi.
“Esta escola não pertence somente a mim”, disse Malala, “esta escola pertence às crianças que lutam por seus direitos. E isso prova que o povo do Paquistão quer a paz”.
Malala foi baleada aos 14 anos. Foi quando saía dessa mesma escola que defende com tanta paixão. “Minha mensagem é para as pessoas que se deparam com a tirania. Sempre que você vir alguém sendo oprimida, levante sua voz. Grite contra quem tenta tirar seu direito. Não tenha medo de ninguém”.
Malala não teve medo. Mas vai precisar de mais coragem. Porque o talibã declarou que se a jovem se salvar do ataque, vai tentar matá-la de novo. Na opinião do grupo terrorista, a lei islâmica é clara. Se qualquer mulher tiver algum papel na guerra contra eles, essa mulher tem de ser morta.

uma influenciadora de verdade: liberdade de expressão

Malala está, desse modo, influenciando as jovens estudantes. E Tamana Jan é uma delas. A jovem se diz preocupada com seu país, o Paquistão, e além disso, com a situação do Afeganistão. Lá, a discriminação com a mulher é ainda pior. Tamana se preocupa quando chegar a hora das forças estrangeiras irem embora do Afeganistão. “Eu temo pelo futuro das meninas”, diz a estudante paquistanesa. 
Há, ainda, Horia Mosadiq trabalha na Anistia Internacional. Ela reflete sobre o que viveu ao lado de seus filhos: “Me preocupa ver um país que permite suas mulheres serem atacadas por ácido, granadas, envenenamento, ou que se permita que levem tiros na cabeça”, diz, então, Horia. 
Orações pela jovem Malala Yousafzai acontecem em Karachi. Além disso, como consequência do atentado, centenas de mulheres rezam pela recuperação da estudante e ativista.
Por isso também há protestos em Islamabad e Lahore. Além disso, mulheres paquistanesas marcharam pelas ruas, pedindo mais segurança e liberdade para todas as mulheres do país. 
Até mesmo para a realidade sangrenta e cruel do Paquistão, o crime contra Malala provocou fúria no país. Desse modo, se os talibãs queriam calar as mulheres, conseguiram o efeito contrário.
Por que a voz de Malala é exemplo de educação transformadora? Por tudo isso.

tempos depois: consequências do efeito Malala

  • Logo após o atentado, em 2012, Malala Yousafzai esteve internada em um hospital de Birmingham. Mesmo tendo perceptível melhora, ainda assim manifestou sintomas de infecção. Ela contará sua história e a de 66 milhões de meninas que não podem estudar. Seu livro será publicado em 2013 com o título Eu sou Malala.

 

  • Em 19 de março de 2013, Malala teve seu primeiro dia de aula em Birmingham, centro da Inglaterra. “Acho que voltar para a escola é o momento mais feliz da minha vida. Era com isso que sonhava, com todas as crianças tendo o direito de ir à escola”, disse a ativista. E por isso, concluiu: “Estou feliz de usar esse uniforme, porque ele prova que sou uma estudante e estou vivendo a minha vida e aprendendo”. Malala também falou que está ansiosa para aprender sobre política e legislação. 
  • Em 2014 Malala Yousafzai se torna a pessoa mais jovem a receber um prêmio Nobel da Paz. Isso aconteceu por sua luta pelo acesso das meninas à educação. Já em 2021, com 23 anos, Malala continua sua luta para defender a educação das meninas (e há quase um ano se formou na universidade de Oxford, onde Malala estudou política, filosofia e economia na faculdade Lady Margaret Hall).

visitas e o discurso da não-vingança

Ela já esteve no Brasil e fez uma breve visita ao seu país, o Paquistão.
(reportagem original de Fábio de Amorim, que teve como base informações e entrevistas cedidas pela agência Reuters em 2012 – as atualizações têm suas fontes citadas nos links durante o texto)
quer saber mais do que faço neste site, além de poesia, crônicas, contos, jornalismo e artigos e …?

Além de reflexões sobre educação (como nesse post Voz de Malala: educação transformadora), também falo de aulas de redação, literatura e interpretação de textos. Mas não só isso, também estou escrevendo um livro – Autoconhecimento na Prática – e tenho outro, este de contos, que se chama Os suicidas e outras histórias <= clique no link e compre a versão digital. Além disso, tenho outras coisas, como cursosautoconhecimento, comunicação, oratória, redação (curso exclusivo). mas vou falar dos três primeiros aqui (e muito mais do primeiro curso):

Meu cursos são basicamente análise e interpretação de discursos, tanto em oratória, quanto em comunicação quanto em autoconhecimento. Porque isso está ligado nos três cursos. Ou seja, eu uso literatura, filosofia e cinema para analisar a cultura digital atual. Assim, vou desconstruindo conceitos, os reformulo e mostro que nada é o que parecer ser e que nós menos ainda. Enfim, essa é a base.

como assim?

Quanto ao que cada aluno vai aprender depende do conhecimento dele. Ou seja, eu simplesmente parto de onde ele está. Por isso, no dia da aula experimental, farei duas coisas. Mostrarei, então, onde pretendo chegar e como farei isso. Um diagnóstico do quanto o aluno sabe de cada curso entra na segunda parte. Além disso, farei perguntas simples, como, por exemplo, como ele define o que é beleza. Espero, desse modo, a explicação e aí, então, eu já desenho o perfil cultural do aluno.

E as aulas, os textos e a complexidade das aulas vão de acordo com o nível dele. Assim, o tempo do curso depende da disponibilidade do aluno, mas eu vou pedir no mínimo 3 horas de estudo semanais (cada aula online por uma hora e meia). Então, eu não faço milagres, não vendo milagres, não acredito em milagres, por isso, na aula experimental digo que o curso pode levar meses (cada aula, um tópico mais ou menos). E os tópicos (do curso de autoconhecimento) são… peraí… clique aqui que eu mostro a grade de autoconhecimento.

é isso. abraços.

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