palavras, pelavras, pilavras, polavras e pulavras

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… desperdiço, sem pudores, todas as palavras que escapam de meus pensamentos brutos, de meus delírios insones. soam como a carne cortada pela faca da angústia – as palavras.
por que prendê-las? elas não são gente, que se deixa prender, que se deixa seguir, que se deixa levar, e que depois quer fugir e correr livre, e que depois quer sonhar, mas depois pede pra acordar.
se eu fechar as mãos, estarei prendendo o vento?
pela mesma razão (ou emoção) quem prende a palavra?
a ideia vem das coisas que falam. todas as coisas falam. o que escreve, é o escutante. e quem lê, o escutando.

minha linguagem é um beijo de amor na boca do amor que beija…

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