2 ANOS DE GUERRA NA SÍRIA

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a intenção da frança e do reino unido de armar os rebeldes na síria não agradou o governo de damasco. o fato é que os países não aguentam mais essa guerra, que já dura dois anos. e nenhuma das partes envolvidas dá mostras de que pretende ceder.
os protestos começaram dia 15 de março de 2011 em daraa. o lema era: uma síria sem tirania. dia 20 de março houve confrontos violentos na cidade, que fica no sudoeste da síria.
((clique aqui e aqui e leia textos anteriores sobre a síria))
daraa, que está próxima das fronteiras com a jordânia, líbano e israel, foi o epicentro da revolta. a cidade fica a 100 km de damasco.
daraa é considerada uma das cidades mais antigas da síria e do mundo. ela é citada em hieróglifos do faraó tutmés III, e também no antigo testamento.
dia 29 de março de 2011 houve a renúncia do governo em bloco. no dia seguinte, o presidente sírio bashar assad falo a nação, denunciando uma conspiração contra o país.
três semanas depois, o governo aboliu a lei de emergência. dia 25 de abril, assad apelou para tanques. três dias depois, membros do partido governista renunciam, no primeiro sinal importante de que há divergências no poder.
9 de maio. a união europeia congelou o dinheiro de assad. o presidente decretou no fim do mês anistia a presos políticos numa tentativa de acabar com os conflitos.
mas àquela altura, os rebeldes estavam irredutíveis. eles queriam só uma coisa: a renúncia de bashar assad. o orgulho do presidente era grande demais para aceitar isso.
sua família está no poder por décadas. seu pai foi o último presidente. sair do cargo assim, renunciando por pressão popular seria humilhante para ele. assad então decide radicalizar.
o conselho de segurança da onu condena a repressão. os estados unidos anunciam sanções, que se somam a outras já impostas pela união europeia. a oposição síria cria o conselho nacional em 23 de agosto de 2011.
surgem os desertores. eles criam o exército livre da síria. rússia e china vetam resoluções da onu contra a síria. a liga árabe suspendeu a participação síria na entidade. finalmente, em 22 de dezembro, assad permite que observadores entrem no país.
já em 2012, a europa endurece as sanções. a liga árabe suspendeu sua missão na síria por causa do aumento da violência. damasco começa o massacre a cidade de homs em 3 de fevereiro.
china e rússia continuam vetando resoluções do conselho de segurança. os dois países não aceitam que assad seja pressionado a deixar o poder. estados unidos fecham a embaixada. outros países seguem o exemplo.
vídeos amadores são os únicos meios de se saber o que realmente estava acontecendo no país. jornalistas não tinham acesso. no dia 29 de maio os países ocidentais expulsam os embaixadores sírios pelo massacre de houla.
o então mediador da onu, kofi annan tentou aplicar um cessar-fogo que não funcionou. nenhum lado o respeitou. 18 de julho. um atentado rebelde matou o ministro da defesa da síria, dawoud rajiha, além do vice-ministro e cunhado de assad, o general assef shawkat, e o chefe de segurança hisham ijtiar.
o regime ameaça usar armas químicas se houver uma intervenção estrangeira. kofi annan renunciou em 2 de agosto. lakhdar brahimi assumiu. em 26 de setembro, 343 mortos. o maior número de vítimas num só dia.
24 de outubro. assad aceita cessar-fogo durante a festa do sacrifício. mesmo assim, mais de 400 pessoas morreram em quatro dias de trégua. em 13 de dezembro, a rússia admite pela primeira vez que a oposição pode derrubar o regime sírio.
já em 2013, dia 12 de fevereiro, a onu divulgou que o conflito deixou 70 mil mortos. 3 de março. assad acusa o reino unido de militarizar e incendiar a crise. e finalmente, agora, frança e o reino unido querem armar os rebeldes para derrubar o regime. a síria reagiu, dizendo que isso é uma violação do direito internacional.
o argumento francês para dar armas aos rebeldes é simples. para governo de paris, bashar assad não vai aceitar a solução política do conflito até que saiba que diante dele existe uma força armada capaz de derrubá-lo.
e enquanto os iranianos e russos continuarem com seu apoio, assad vai continuar convencido de que vencerá a guerra. enquanto isso, pessoas morrem. há um milhão de refugiados nas fronteiras. um país está arruinado. e ninguém, ninguém desiste do conflito.

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